Há algum tempo venho registrando na forma de poema as várias ideias e emoções que me surgem, dando-lhes a expressão mais livre possível. Goethe disse uma vez: “Todos os meus poemas são ocasionais, inspirados pela vida real, e têm assim uma firme base.” Pode-se dizer que também os meus poemas surgem da vida real, ou, mais especificamente, do turbilhão diário de atividades em que eu, assim como qualquer pessoa comum, encontro-me engajado.
Incorporando os sentimentos que surgem durante meus relacionamentos com as pessoas e nas conversas com os jovens, esses poemas foram esboçados durante anos em meu diário ou em anotações nas margens dos meus apontamentos. Muitos foram compostos durante minhas viagens pela causa da paz, ou em momentos de descanso antes de me retirar à noite.
Por essa razão, creio que haja alguns que, ao menos na estrutura, dificilmente pareçam ser um poema. E no entanto todos representam as francas expressões das emoções humanas básicas, e eu imagino se essa não é a verdadeira definição de poesia, independentemente de sua forma.
Confesso ficar consideravelmente apreensivo quando penso que esses poemas traduzidos para a língua inglesa apresentar-se-ão aos olhos de leitores em vários países. Mas se forem lidos simplesmente como mensagens de um indivíduo simples que se empenha em todas as ocasiões como um ser humano honesto, então me sentirei gratificado.
